Medicação

-
Uma boa entrevista psiquiátrica possui a formulação de um diagnóstico, a formulação de um prognóstico e o planejamento terapêutico.
Tendo isso em mente... você deve pensar. Ok. O psiquiatra vai me dar um remédio. Um sossega leão! Não necessariamente.

Existem várias classes de antidepressivos. Mas qual o melhor? 

Pensa aí no raciocínio do seu médico: Ele vai ficar de olho no tipo de sintomas. por exemplo: o tipo da depressão - leve, moderada ou grave, ansiedade e etc.

Em quadros leves geralmente psiquiatras indicam inicialmente somente a terapia e mudanças de hábitos. Como atividade física, buscar atividades que dão prazer.

Mas em quadros moderados e graves o uso da medicação é super importante!
 
Pessoas podem optar por não tomar antidepressivos pois querem evitar alguns possíveis efeitos colaterais. O efeito exato é possível por meio de uma boa consulta com seu psiquiatra. 

***Fale tudo. Não deixe de comunicar ao seu médico que efeitos coleterais não são toleráveis pra você!!! Ex: Ganhar peso,  sentir  sono, se aumenta a ansiedade nos primeiros dias.

Dar todas as informações importantes para que esse profissional faça a escolha do medicamento. Os psiquiatras conhecem muito bem o efeito da medicação, ele vai analisar qual é mais adequando com base em vários fatores, como agenética, doses, idade, custo, interações com outras medicações devido a outros doenças presentes e medicações.

Pode ser que você não se adapte, e isso não torna seu médico ruim! É possível trocar dosagem e ou o medicamento.

No entanto: VOCÊ NÃO PRECISA TER MEDO DE TOMAR MEDICAMENTOS.
Desde a introdução de uma medicação deve haver orientação e supervisão médica!

Não se automedique!
Medicamentos antidepressivos não causam dependência!
Se seu médico receitou aliar terapia e medicamento, faça o tratamento correto!

Respeite sua vulnerabilidade, esse momento de necessidade. Pense na saúde como algo maior! Eu diria que é sim o melhor investimento que você pode fazer. 
Os benefícios ao longo do tempo aparecerão e você vai pensar: Pq eu não me cuidei assim antes???

E  não é pra vida toda! É como usar uma muleta, é por um tempo. Assim que você recuperar suas forças, você viverá sem a ajuda dessa "muleta".

A ciência é nossa aliada, nunca nossa inimiga! Pense nisso!

Ficou em dúvida? Manda sua pergunta aqui, no blog, por telefone.

Psicóloga Carine Claro
CRP 08/20789




Comentários

Postar um comentário

Postagens mais visitadas deste blog

E por onde anda o prazer?

-
Imagem
  O sexo é uma das bases principais de uma conexão amorosa saudável.  Para a mulher, a relação com o prazer pode encontrar barreiras desde as suas primeiras fases da vida.  Muitas estão desconectadas dele e de seus corpos por uma pressão histórica, social e cultural e muitas apresentam dificuldades de atingir o orgasmo e nem sabem que essa dificuldade pode ser uma disfunção sexual.   Quando as mulheres não estão conscientes de sua história pessoal, transferem o que viveram aos parceiros, como: Medos, raiva, carência afetiva, inseguranças pessoais, que atrapalham sua entrega ao prazer durante a relação.   Neste caso, a identificação com o corpo e sua aceitação necessita ser trabalhada em um processo terapêutico. Sendo assim, cada mulher sabe a história que carrega, os seus traumas, a baixa autoestima e as dores emocionais.  Durante o caminho terapêutico, o que é mais notável é certamente   uma cisão   emocional, advinda de u...
Leia mais

Conexão entre trauma e a dor física

-
Quando não é só no corpo e você não compreende uma dor física. Por meio de psicoterapia pode se buscar uma lembrança somática, ou seja, um comprometimento que pode ter lembranças físicas e sensoriais vívidas de um evento traumático. Essas memórias podem se manifestar como sintomas físicos, como aumento da frequência cardíaca. Respiração rápida, sudorese, tensão muscular e outras sensações ou dor associadas à experiência traumática original. Ao contrário de lembranças tradicionais que envolvem principalmente memórias visuais ou auditivas, os flashbacks somáticos são caracterizados por um foco elevado em suas sensações corporais. Isso pode tornar a experiência particularmente angustiante, pois intensifica a sensação de estar de volta ao evento traumático. Os flashbacks somáticos podem ser desencadeados por vários estímulos, incluindo pistas sensoriais que se assemelham a elementos do trauma original, como sons de cheiros ou sensações físicas. Os gatilhos podem ser explícitos, como ...
Leia mais

Opinião alheia

-
Imagem
Algumas falas podem sim  julgar, magoar,  traumatizar.   Um trauma pode desregular até o seu o corpo.  Pode levá-lo a estados alternados de hiperexcitação ( pânico, opressão) e hipoexcitação (“baixa”, letargia, vazio), resultando em muitas vezes ficar preso em qualquer um dos extremos. Se isso não bastasse, o trauma pode fazer você se separar de seu EU autêntico. Isso resulta em uma sensação de quebra, de insegurança pelo seu próprio corpo e lentamente você pode ir se transformando em seu pior inimigo, muitas vezes acompanhado por uma dura crítica interna e pensamentos negativos. É preciso muita energia para conter tudo isso. Os resultados são diferentes de pessoa para pessoa e podem levar a dormência, desamparo, rigidez,  emagrecimento ou até mesmo comportamentos extremamente irresponsáveis. Tudo como uma tentativa de afogar suas emoções dolorosas. O trauma e os processos internos (explicados acima) podem afetar e destruir a maneira como você se vê,...
Leia mais